segunda-feira, 18 de junho de 2012

Estão abertas as inscrições para o VII Congresso Brasileiro de Pesquisadores Negros


A sétima edição do Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as) está com inscrições abertas para a modalidade ouvinte, até o dia 15 de julho. O evento será realizado de 16 a 20 de julho em Florianópolis e tem como tema “Os desafios da Luta Antirracista no século XXI”.
O congresso contará com a participação de pesquisadores nacionais e internacionais que discutirão sobre os processos de produção e difusão de conhecimentos ligados às lutas históricas empreendidas pelas populações negras nas mais diversas esferas institucionais e áreas do conhecimento.
A programação contemplará quatro conferências, 15 simpósios temáticos, 25 mesas redondas, 300 trabalhos de comunicações livres, 46 pôsteres de iniciação científica, além de 19 minicursos e oficinas.
Entre as atrações estão conferencistas como Kabengele Munanga, da Universidade de São Paulo (USP), Elika M’Bokolo, da República Democrática do Congo, e Shirley Campbell Barr, da Costa Rica.
O evento contará ainda com exposições de artes plásticas e visuais, festa temática, feira com exposição de livros e venda de produtos afros, performances de dança, música, teatro, capoeira e maracatu, entre outras.
O vice-presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN) e presidente do VII Congresso, professor Paulino de Jesus Francisco Cardoso, assegura que o evento deverá reunir cerca de mil participantes durante os cinco dias de atividades.
“O objetivo geral do congresso é reunir pesquisadores e pesquisadoras para discutir, apresentar, ampliar e avaliar as ações e estratégias de combate ao racismo, às políticas públicas direcionadas à população negra brasileira e as produções científico-acadêmicas elaboradas nas últimas décadas”, afirma o presidente do congresso.

Para mais informações sobre as inscrições e a programação do
 VII Congresso Brasileiro de Pesquisadores(as) Negros(as)
acesse o site: www.abpn.org.br/copene.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Abdias: Raça e Luta





No dia da Abolição da Escravatura, a TV Senado lança “Abdias: Raça e Luta”. O documentário retrata a trajetória do professor, artista plástico, escritor, teatrólogo, político e poeta Abdias Nascimento. Uma homenagem a um dos pioneiros do movimento negro no Brasil.


Veja aqui o vídeo: 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Governo e sociedade discutem valorização do conhecimento tradicional na Rio+20


A Rio+20, a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável que ocorrerá na cidade do Rio de Janeiro neste mês de junho, terá um espaço de diálogo do governo brasileiro com a sociedade civil. É a Arena Socioambiental, criada para apresentar ao mundo estratégias brasileiras bem-sucedidas de combate à pobreza e às desigualdades sociais no contexto do desenvolvimento sustentável.

Coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), com apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), a Arena Socioambiental servirá para o governo brasileiro reforçar a sua posição de que o desenvolvimento sustentável só é possível com inclusão social e combate à pobreza, articulando esse tema aos debates sobre desenvolvimento econômico e conservação ambiental.

Montada nos pilotis e jardins do Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro, a Arena será palco de exposições, atividades culturais e feira de produtos da sociobiodiversidade brasileira, entre 16 e 22 deste mês. Também abrigará dois grandes debates por dia, com transmissão ao vivo e interativa pela internet. O acesso é livre.

A Arena terá a participação dos ministérios do Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário, da Saúde, Educação, Justiça, Agricultura, Pecuária e Abastecimento, das Comunicações, da Previdência Social, Aquicultura e Pesca, Integração Nacional, da Secretaria-Geral da Presidência da República e das secretarias de Direitos Humanos, Políticas para as Mulheres e Políticas para a Promoção da Igualdade Racial. Esses 14 órgãos levarão em sua agenda os temas de inclusão e desenvolvimento social no país. A Arena conta com dois principais patrocinadores, os Correios e o Banco da Amazônia (Basa).

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Audiência pública debate cotas em concursos públicos no RS

A ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, participou da audiência, que teve representação importante da comunidade negra do Rio Grande do Sul
Ministra defendeu cotas em concursos públicas entre outras políticas afirmativas - Foto: Vinícius Reis-Alers
A ministra destacou que o Brasil vive um momento extremamente favorável para a discussão de políticas afirmativas. Ela sublinhou que o país viveu nos últimos anos um processo importante de inclusão social e de mobilidade da população brasileira como um todo, com reflexos na população negra. Em 2012,completa-se 10 anos de políticas de ação afirmativa. "Com toda a mudança que foi possível fazer na vida da população brasileira e, mais especificamente, na vida da população negra, ao longo dos últimos anos, as desigualdades raciais não diminuíram", afirmou Luiza.

Para ela, o impulso de desenvolvimento vivido pelo país não foi suficiente para fazer com que os diferenciais entre negros e brancos no país desaparecessem ou, ao menos, fossem minorados. "As desigualdades raciais se aprofundam porque o racismo é um fenômeno elástico e que se adapta a diferentes situações", alertou.

A ministra destacou a necessidade de uma maior mobilização da sociedade, governo e parlamentares para a aprovação dos projetos de Carrion, não somente como reparação ao processo histórico que atinge os negros, mas como perspectiva da criação de uma sociedade mais igualitária para todos.
DeputadosO deputado Miki Breier (PSB), presidente da Comissão de Cidadania e Direitosa Humanos, destacou que o órgão técnico tem feito um intenso trabalho para que a sociedade compreenda com maior amplitude o próprio conceito de Direitos Humanos.

Miki salientou que, como sugerido pela procuradora da Advocacia Geral da União, Indira Quaresma, o termo afrodescendente será substituído por negro e pardo.

Raul Carrion (PCdoB), autor do projeto de lei e um dos requerentes da audiência pública, afirmou que será acatada a sugestão de modificar o termo afrodescendente por negro e pardo. O parlamentar esclareceu que a proposição surgiu ainda quando o Estatuto da Igualdade Racial não existia e que o termo afrodescendente, usado na época, agora será trocado. O parlamentar conta com uma mobilização da comunidade negra para a aprovação da proposição na comissão de mérito (Comissão de Segurança e Serviços Públicos) para que depois seja levado a plenário.

O deputado Nelsinho destacou a importância da aprovação do projeto de lei como forma de reparação à população negra.
Manifestações O senador Paulo Paim (PT/RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, destacou as dificuldades enfrentadas pelos negros para que a legislação os contemple e lembrou os 20 anos transcorridos para a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial. Ele lamentou que, embora o Supremo Tribunal Federal tenha rejeitado as ações interpostas contra as cotas raciais nas universidades, agora consideradas constitucionais, ainda não existe no país uma lei que as garantam. Ao defender que também no serviço público sejam oferecidas cotas aos negros, Paim lembrou ainda que, graças às cotas, há mais de um milhão de estudantes frequentando o ensino superior no Brasil.

A procuradora da Advocacia Geral da União, Indira Quaresma, que realizou a sustentação oral no STF em 2012, durante o julgamento da ação contra as cotas nas universidades públicas, argumentou contra o argumento de que é difícil definir quem é negro no país. Para ela, as leis que definem políticas afirmativas devem ater-se ao fenótipo (aparência física) e não ao genótipo, que exigiria exames para definição de raça.

O procurador-geral do Estado, Carlos Henrique Kaiper, comunicou que a PGE já exarou parecer que autoriza a administração púlica estadual a estabelecer cotas para negros no serviço público e que o referido parecer foi observado no concurso do magistério estadual deste ano.

Representando a comunidade negra, Valdemar de Lima Moura, mais conhecido como Pernambuco, disse que todas as lutas dos negros se dão contra o sistema estabelecido e a hipocrisia da sociedade brasileira, pois há um racismo encrustrado nas instituições.

Participaram do encontro o procurador-geral do Ministério Público de Contas, Geraldo Da Camino, além de representantes de secretarias estaduais, órgãos de Justiça, universidades, Unegro, OAB-RS, Codene, SEC, TCE-RS, Funai, Sindjus, entre outros.
 

sábado, 9 de junho de 2012

Disciplina na USP aborda a cobertura da imprensa sobre as questões raciais

Pela primeira vez desde que foi criado, há cinco anos, o curso de Jornalismo e Políticas Públicas Sociais, aborda, hoje, o racismo e a cobertura da imprensa como seu tema principal. A disciplina de pós graduação acontece na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP) e é uma parceria com a Agência de Notícias dos Direitos da Infância (ANDI). Seu objetivo é cooperar para a qualificação da formação de alunos de jornalismo (e outras áreas) em temas ligados à agenda social.
Para ministrar essa aula, a ANDI convidou as jornalistas Maria Carolina Trevisan, que coordenou o projeto "Imprensa e Racismo", executado pela ANDI e financiado pelas fundações Ford e Kellogg, e Fernanda Ancântara, representante do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade (CEERT) e que atualmente trabalha na Revista Raça. O professor José Coelho, da ECA, dará apoio ao curso. "Há um abismo entre os avanços relacionados às políticas públicas para a equidade racial e a qualidade da cobertura da imprensa", afirma Carolina Trevisan. "É fundamental reorientar o olhar do jornalista sobre essas questões para que a imprensa possa cumprir com seu papel de oferecer informações e contextos para a sociedade e contribuir para a formação da opinião pública de maneira responsável."
O projeto "Imprensa e Racismo" pesquisou a cobertura de cerca de 40 jornais nacionais e regionais, entre 2006 e 2011, no que se refere às questões raciais. É uma iniciativa da ANDI em parceria com Geledés, CEERT, Instituto Mídia Étnica e Afirmese. Os principais resultados dessa pesquisa serão debatidos com os alunos a fim de demonstrar a construção jornalística diante desse tema e o que interfere na qualidade da cobertura.

A disciplina Jornalismo e Políticas Públicas Sociais faz parte do Programa InFormação – Programa de Cooperação para a Qualificação de Estudantes de Jornalismo. Seu objetivo é estimular, junto aos futuros profissionais de comunicação, a formulação de um pensamento crítico acerca dos variados contextos que norteiam os direitos humanos, as políticas sociais e a responsabilidade das instâncias públicas e privadas diante do agendado desenvolvimento inclusivo e sustentável. Busca, portanto, contribuir para mitigar uma lacuna curricular que nos últimos anos tornou-se foco de preocupação de vários atores dessa área e mobilizou o próprio Ministério da Educação. Além das disciplinas, o InFormação também oferece um programa de bolsas para trabalhos de conclusão de curso.




quinta-feira, 7 de junho de 2012

Editais para fortalecimento institucional de povos de terreiro e quilombolas têm R$ 2,4 milhões em recursos

O prazo para inscrição de projeto foi prorrogado. Confira o novo cronograma.
Editais para fortalecimento institucional de povos de terreiro e quilombolas têm R$ 2,4 milhões em recursos 


A chamada pública nº001/2012, voltada para associações representativas de comunidades tradicionais de matriz africana, já está no site da Seppir. A outra deverá ser publicada ainda esta semana. Mas o prazo foi prorrogado, confira o novo cronograma abaixo:
Com o objetivo de promover a ancestralidade africana no Brasil, bem como de fortalecer a capacidade técnica e operacional das representações tradicionais de matriz africana, a Secretaria de Promoção de Políticas da Igualdade Racial publica esta semana duas chamadas públicas, para projetos com valores entre R$ 60 e R$ 100 mil.

Para se candidatar, a instituição não deve ter fins lucrativos e ser cadastradas no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse – SICONV – Portal de Convênios, entre outros critérios. Considerando a vulnerabilidade socioeconômica e institucional das organizações foco da política, a contrapartida dada pelos proponentes que tiverem suas propostas selecionadas será de apenas 2%, o que é considerado uma conquista para a política, visto que tradicionalmente esse valor é de 5%.
EVENTOSDATAS
Chamamento Público (DOU, SICONV e SEPPIR)08/05/2012
Data limite para inserção das propostas no SICONV10/06/2012
Análise das propostas por parte da Comissão
de Avaliação
11/06 a 21/06/2012
Publicação do Resultado Preliminar 22/06/2012
Prazo para apresentação dos recursos 25/06 a 28/06/2012
Prazo para avaliação dos recursos29/06 a 05/07/2012
Divulgação do Resultado Final da Seleção
(DOU, SICONV
e site da SEPPIR)
06/07/2012