Portfólio



Reunião do Fórum de Educação , Diversidade Étnico-Racial
de Pernambuco com os representantes do MEC



 Fórum de Educação, Diversidade Étnico-Racial

De carater estadual, possui a função de propor, discutir, sugerir, estimular, auxiliar e possibilitar subsídios em assuntos relativos à Educação para Diversidade e nas Relações Étnico-raciais, realizando a interação entre os diversos atores necessários à implementação da temática oriunda da Lei nº 10.639/2003

Em Pernambuco, o Fórum Estadual obteve a sua fundação em 21 de novembro de 2007, com o marco de um grande evento no Centro de Convenções, em Olinda –PE, promovido pela CEPIR em parceria com a Secretaria Estadual de Educação de Pernambuco, apresentando para a sociedade civil instituições governamentais e não-governamentais, vindos tanto da capital quanto de outros municípios deste solo; ganhado assim o destaque e visibilidade diante da sociedade pernambucana.

Audiência Pública , no Recife (PE), sobre as prospostas
 educacionais de Relações Étnico-Raciais para o
II Plano Nacional de Educação

A estrutura tríade organizacional do Fórum está dividido em: Secretaria Estadual de Educação, Sociedade Civil e Sindicato dos Trabalhadores da Educação e têm representantes de vários segmentos: juventude negra, LGBT, mulheres negras, quilombolas e NEAB, obtendo maior discussão e planejamento diversificado, nas ações da Educação para Relações Étnico-raciais.

Visto que no contexto ideológico e histórico oriundo do mito da democracia racial, pelo fato de o Brasil ser um país miscigenado e, majoritariamente, diverso, muitas vezes vela diferenças de ordem racial, étnica, de gênero, e demais aspectos inerentes à identidade dos sujeitos. Ou, em outros casos, as escolas, com suas respectivas práticas pedagógicas, omitem o despreparo dos seus educadores acerca das questões étnico-raciais, principalmente no que refere à existência de uma cultura afrobrasileira, suas religiões, costumes e raízes. E, com isso, sociabilizam os alunos por meio de um sistema padrão e normativo, que apaga a história, a identidade e a existência de povos negros, na realidade da educação e da memória, além de de influenciar os alunos com uma educação racista, que aponta normalidade e superioridade para um tipo de cultura, que, indiretamente, relega o estigma de inferioridade e anormalidade para outros.

É nesse cenário que se enfatiza a importância do papel fundamental da escola, que é o de possibilitar o desenvolvimento de novos espaços pedagógicos, que propiciem a valorização das identidades brasileiras através de um currículo politizado capaz de levar os alunos e demais sujeitos da escola a se reconhecerem e se ressignificarem, a partir da afirmação de suas origens.

Reunião Ordinária do Fórum

Dessa forma, apresentamos a necessidade de promover ações que busquem minimizar as desigualdades raciais ou de qualquer natureza que promovam discriminação, articulando nas seguintes ações: a) formações continuadas sobre a temática das relações étnico-raciais com professores, educadores de apoio e gestores escolares; b) mobilização e implementação dos Fóruns Municipais; c) caminhada e palestras contra a intolerância religiosa; d) acesso e divulgação dos subsídios de orientações e metodologias referentes ao tema direcionado para o étnico-racial em livros, sites, filmes através das mídias; e) visibilidade do Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana diante da sociedade pernambucana.

Portanto, é possível perceber a relevância do Fórum Permanente de Educação e Diversidade Étnico-Racial de Pernambuco, que tem como fundamento a educação para as relações étnico-raciais como uma prática social em que os profissionais da educação sejam os mediadores dos saberes do mundo contemporâneo essenciais ao cidadão e o estudante ator e autor do processo de construção do conhecimento, no qual se mantenha intrínseco o princípio da alteridade no âmbito educacional, compreendido como espaço de socialização dos conhecimentos historicamente acumulados.