sábado, 6 de agosto de 2011

Movimento Negro repudia atitude discriminatória


Antonio Rufino
Professor da Rede Estadual de Ensino-PE


segunda-feira, 17 de maio de 2010

Paulista /RecifeProfessor Antônio Rufino apresentou dança afro na Escola Manoel de Bastos Tigre, foi criticado por mães que acharam que a encenação remetia à macumba, mas recebeu apoio de entidades.O preconceito contra as atividades desenvolvidas pelo professor da rede estadual Antônio Rufino, da Escola Manoel de Bastos Tigre, em Paulista, e comportamentos semelhantes em ambiente escolar preocupa o Movimento Negro Unificado (MNU) em Pernambuco e a Rede Nacional de Negras e Negros LGBT. Para Carlos Tomaz, um dos militantes mais ativos dos dois grupos no estado, o tratamento discriminatório à cultura negra esconde um racismo institucional."A escola e outras instituições são racistas porque foram formadas para o branco", diz Carlos Tomaz. "Não se vê angústia dos pais com a oração do Pai Nosso, por exemplo, agora se alguém usa a palavra 'axé' ou um bombo é logo condenado, dizendo que é coisa do demônio", comparou, defendendo a ampliação do debate sobre os valores. Dessa forma, lembra, os negros têm protagonizado conquistas relevantes, como a sanção da Lei 10.639 de 2003, que obriga escolas a incluir no currículo oficial a história e a cultura afro-brasileiras. "O problema do racismo e da discriminação nãoé só uma questão dos negros. E não pode ficar apenas entre alunos. É problema de todos", alerta o professor. Hoje docente da Escola Poeta Mauro Mota.O representante do MNU e da Rede Nacional de Negras e Negros LGBT foi o principal elo para a projeção do caso de preconceito ao professor Antônio Rufino, na sexta-feira que antecedeu ao dia das mães. Antônio Rufino incentivou e apoiou, vestindo-se como africano, uma apresentação de dança na qual jovens lembravam a cultura afro. Cerca de quatro mães criticaram Rufino junto à direção e vincularam as atividades dele "à macumba" e "coisas do demônio".A diretora da escola Manoel de Bastos Tigre, Roselina Cândida, foi procurada pelo Diario na última quarta-feira para comentar o episódio. Ela minimizou as críticas à dança africana incentivada pelo professor. Afirmou que na instituição "há problemas grandes, como as drogas, para ficar perdendo tempo com coisas como essas". Afinal, reforçou, teria sido uma crítica de poucas mães.Aquilo que Roselina Cândida não deua merecida importância é o que Nicodemos Felipe de Souza - coordenador da Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Diversidade da Gerência da Região Metropolitana Norte da Secretaria de Educação - tenta combater quando o assunto é intolerância cultural e religiosa ou racismo velado. "Não importa se é uma, duas ou três pessoas". Felipe de Souza vai analisar o relatório da diretoria para saber de que forma irá intervir para ampliar a discussão na escola, em Paulista . (Silvia Bessa)Diario de Pernambuco ¨Vida Urbana¨ 15 de maio 2010Foto: Juliana Leitão/DP/DA Press.
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