segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Morre, em Salvador, o historiador Ubiratan Castro




Gente, mais um guerreiro daqui, é chamado ao Orum.
Parabéns Bira, por todo o legado a disposição do povo negro baiano e brasileiro.
Valeu pela oportunidade de conhecê-lo aqui nessas terrras e pelo reconhecimento  ao legado dos Lanceiros Negros gaúchos.
Que Oxalá e todos os orixás passem a desfrutar de toda essa sua magia afro-brasileira.
Asé Ubiratan Castro de Araújo.


Faleceu no dia  03 de janeiro, o historiador e diretor-geral da Fundação Pedro Calmon (BA), Ubiratan Castro de Araújo. Um dos maiores especialistas sobre a história da Bahia e a dinâmica da escravidão no Brasil, o professor sofria de um problema renal crônico e estava internado no Hospital Espanhol, em Salvador, desde o último mês de novembro.
Ex- diretor da Fundação Cultural Palmares (entre 2003 e 2006), Castro foi responsável por projetos que colocaram o Brasil no cenário internacional no que diz respeito ao debate sobre a diáspora africana, como a realização de encontros históricos como o II Conferência de Intelectuais da África e Diáspora (CIAD) e por suas viagens junto a comitiva oficial do presidente Lula ao continente africano que marcaram uma guinada na política internacional brasileira em relação aos povos africanos.
Aos 64 anos, Castro era considerado um dos maiores historiadores baianos da atualidade
O seu trabalho era conhecido tanto pelo meio acadêmico quanto por setores populares, o que o fazia ser considerado um "intelectual orgânico", sendo bastante requisitado para entrevistas e palestras públicas em escolas e comunidades. Em virtude de sua dedicação pela comunidade negra, Castro recebeu, em 2012, a Comenda da Ordem Rio Branco. A medalha, criada em 1963, é a maior condecoração oferecida pelo país oferecida pelo Itamaraty.
Ubiratan Castro era doutor em história pela Université Paris IV-Sorbonne. Além disso, era licenciado na mesma area pela Universidade Católica do Salvador e Bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia. Atuou também como um dos diretores do Centro de Estados Orientais da Bahia – CEAO e era membro da Academia de Letras da Bahia, onde ocupava a cadeira 33, cujo patrono é o poeta abolicionista Castro Alves. Ainda não há informações sobre o sepultamento, que deve ocorrer em Salvador

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